jueves, 17 de enero de 2019



Vou tentar fazer um dossiê. Como eu estou de férias vou fazer com bom humor:


1) Comecemos com a FUNAG: ela é como se fosse a editora do Ministério das Relações Exteriores. (http://www.funag.gov.br/index.php/pt-br/funag). No site da FUNAG você pode baixar gratuitamente centenas de livros publicados pela fundação. Ou tem também a opção em comprá-los, pelo preço do papel. Nessa biblioteca digital (http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/category&path=62) tem desde a "guerra do Peloponeso" do Tucídides e o clássico "vinte anos de crise, até uma biografia do Oswaldo Aranha e um livro sobre as relações entre China e Brasil. Inclusive nessa biblioteca há o Caderno no qual está publicado aquele artigo "Trump e o Ocidente" do nosso querido Chanceler.


2) A FUNAG tinha uma série excelente chamada "manual do candidato", na qual elas publicam livros introdutórios às disciplinas do concurso dos diplomatas. Haviam livros de História do Brasil (http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=251), Noções de Direito (http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=119), História Mundial Contemporânea, (http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=120), geografia (http://funag.gov.br/loja/download/1014-Manual_do_candidato_-_Geografia.pdf), economia (http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=537), língua portuguesa, Inglês (http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=506), política internacional (http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=799).


Dá para perceber que todos os links estão fora do ar.






3) A questão começou quando o jornal O Globo [tirei uns prints da reportagem] publicou uma matéria com trechos da última página do livro, na qual o autor João Daniel Lima de Almeira dizia:




"Esquecidos salarialmente. Abandonados do ponto de vista dos equipamentos, armas e material bélico O


caso mais recente é a novela da compra dos caças que já


se arrasta há anos, na qual considerações políticas parecem se superpor às considerações técnicas e preferências


da Aeronáutica. Ridicularizados em suas posições políticas


anacrônicas. O clube militar que motivou a República, o tenentismo e debateu a questão do petróleo nos anos 50 é


retratado hoje como uma máquina do tempo, nostálgica e


excêntrica. O principal defensor dos interesses castrenses


no Congresso é um zelota do porte de Jair Bolsonaro, que


se orgulha de sua homofobia. Não poderiam estar em pior


situação desde o período regencial. Por terem se descolado do resto da sociedade desde o final do Regime Militar


foram relegados à irrelevância, posição profundamente


perigosa em um país com pretensões internacionais de


potência"


Essa é a ÚNICA referência ao Bolsonaro na página 581 do livro.